Venda de máquinas agrícolas caiu 5,9% em janeiro, diz Anfavea
Apesar do cenário negativo, o setor aponta um crescimento de 2,9% para o final de 2020

Publicado 06/02/2020
Atualizado 06/02/2020
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Foto: Divulgação/Show Rural Coopavel

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias atingiram 2,5 mil unidades em janeiro, queda de 5,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 25,2% ante dezembro, divulgou nesta quinta-feira, 6, a Anfavea, associação que representa as montadoras.

A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias também chegou a 2,5 mil unidades em janeiro, recuo de 15,6% em comparação com igual mês do ano passado, porém alta de 7,2% em relação a dezembro. O total de máquinas agrícolas exportadas em janeiro somou 546 unidades, contração de 26,2% em relação a igual mês do ano passado. Em comparação com dezembro, houve queda de 42,6%. 

Anfavea Janeiro 2020

Apesar desta queda no começo do ano, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, acredita em um crescimento ao final de 2020 de 2,9% na venda das máquinas no comparativo com 2018. No ano passado, foram vendidas 43.700 máquinas agrícolas e rodoviárias, e a expectativa para este ano são de que o setor venda pelo menos 45 mil máquinas, revertendo o cenário de queda do ano anterior, que foi de 8,4% em relação ao ano de 2018.

Para a entidade, o cenário de queda vem da falta de previsibilidade da oferta de crédito e dos juros altos.

Anfavea Janeiro 2020

Crédito

Segundo o governo, dos R$ 225 bilhões disponibilizados no Plano Safra, menos da metade foi utilizado em custeio e investimento. Esta semana, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, afirmou afirma que não vê necessidade em injetar mais recursos no Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), na safra 2019/2020. “Dentre todas as linhas de investimento, é a única que ainda tem um montante considerável. Não tenho certeza se dá até o fim, mas é suficiente para andar muito nesta safra”, diz.

Para o consultor Ademiro Vian, as linhas de crédito disponíveis ainda têm juros altos frente à taxa Selic, que caiu para 4,25%, a menor da história. Além disso, muitos produtores já renovaram o maquinário nos últimos três anos.

Fonte: Canal Rural