Entenda o indicador de taxa de letalidade utilizado para monitorar óbitos por dengue
Até o momento, Brasil registra 1,5 milhão de casos prováveis e 391 mortes em decorrência da doença nas nove primeiras semanas epidemiológicas do ano

Por Redação
Publicado 14/03/2024
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Segundo o mais recente informe semanal sobre os dados de dengue, o Brasil apresenta redução nas taxas de letalidade pela doença nas dez primeiras semanas epidemiológicas de 2024 quando comparado ao mesmo período de 2023. De acordo com o informativo, a letalidade de óbito sobre o total de casos prováveis está em 0,03% entre a semana 1 a 10 deste ano ante os 0,07% do mesmo período de 2023. Quanto à letalidade de óbito sobre o total de casos graves, o percentual está em 3,4%. No ano passado, estava em 5,1% na mesma época.

A taxa de letalidade é um indicador importante utilizado pelo Ministério da Saúde para monitorar o número de óbitos em um período de tempo sobre o número de pessoas doentes pelo agravo. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explica que, diferentemente da taxa de mortalidade - que é obtida dividindo-se o número de óbitos pela população em risco em um período de tempo -, a taxa de letalidade é um indicador que apresenta a mortalidade entre quem realmente adoeceu dentro da população em risco.

“Por exemplo: em uma população de 200 milhões de pessoas, se ocorrerem 200 óbitos, trata-se de um evento menos frequente. Se a gente comparar a letalidade de agora com a do ano passado, ela é menor. No momento, há mais pessoas doentes e menos pessoas que estão morrendo. Isso reflete a melhora na assistência, principalmente no diagnóstico e tratamento oportuno e adequado”, explica Ethel.

De acordo com os indicadores gerais, os casos prováveis somam 1,5 milhão e 391 óbitos foram confirmados no momento. Os dados estão disponíveis no Painel de Arboviroses.

Como se proteger da doença?

Em 21 de dezembro de 2023 a vacina contra a dengue foi incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão da vacina é uma importante ferramenta no SUS para que a dengue seja classificada como mais uma doença imunoprevenível.

Embora exista o imunizante, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle da dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.

Confira alguns cuidados para se proteger: use telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão; remova recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos, como garrafas e pneus; vede reservatórios e caixas de água; desobstrua calhas, lajes e ralos e participe da fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo SUS.

Fonte: Agência Gov